Amigo bom é amigo morto!

Ao longo destes poucos anos que tenho de vida, fui percebendo que as pessoas são muito diferentes entre si: são criadas e educadas de formas diferentes; enxergam o mundo de forma diferente e possuem valores absolutamente aleatórios.

Percebi também que, em uma "escada de compromisso na amizade", na maioria das vezes, as pessoas não sobem juntas nem permanecem em um mesmo degrau. Sempre há aquele que suporta algo que não suportariam da parte dele.

Acredito que quase todos passam pela mesma situação: chega o momento em que se percebe que um vínculo enraizado no passado não é mais forte que o desejo atual de liberdade e independência. Vejo muitas pessoas presas e angustiadas em suas relações de amizade, e isso se deve, na minha humilde opinião, ao fato de a "árvore da amizade" não estar em constante crescimento para estes seres, ou seja, muitas pessoas que, hoje, nem têm tantas coisas em comum, ficam acorrentadas entre si pelo fato de que, em determinada época, foram o complemento necessário e viciante umas das outras, e, hoje, vivem encarceradas por um passado que sugere um dever de proximidade, sendo que, na realidade, não há mais prazer nem alegria na convivência cotidiana. Talvez seja por isso que algumas pesquisas indicam que é muito provável a separação futura de pessoas que, hoje, são melhores amigas.

Interessante mesmo parece ser a amizade que se renova a cada dia, sendo alimentada constantemente, crescendo como uma árvore: brotando, se desenvolvendo, dando frutos e exibindo flores. Esta sim pode, verdadeiramente, ser chamada de amizade. Porém, confesso que ainda não vi seres humanos se relacionando desta forma.

Vejo a amizade (a verdadeira) como um sentimento semelhante ao amor, só que sem aquela frescura magia toda. Na realidade, penso que um relacionamento amoroso (de verdade) nada mais seja do que a amizade (ou amor - chame como quiser) somada a atração sexual, mas este não é um assunto agora merecedor de aprofundamento.

Percebi que uma boa forma de escolher amigos é descobrir o que eles seriam capazes de fazer por mim. Conclui que, amigo mesmo, é quem morre por mim, por livre e espontânea escolha. Só é um pouco complicado o fato de não ser possível ser amigo de um defunto. Contudo, há uma exceção: Jesus, que morreu por mim e por você, o que ressucitou, aquele que, hoje, vive lá no céu ao lado do Pai. Esse amigo é gente fina, pode confiar. Repito que não gosto de religião, mas meus dedos estavam coçando para que eu falasse de Cristo. Até a próxima semana!